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Sinceramente? Não consigo pensar no Bernardo morto. Eu o conheci numa excursão a Porto Seguro. Era o mais animado do grupo. Sempre atencioso, bem humorado, brincalhão. Com o passar dos dias, descobrimos que trabalhávamos perto um do outro. Ele na Vale e eu no IRB. Ficamos amigos. Ou ficamos irmãos? Qualquer coisa ele resolvia, ele tinha resposta. Lembro de dois momentos em que fiquei preocupada com ele. Quando saiu a DDD da Vale para o afastamento "voluntário" e depois, há cerca de um ano, quando o encontrei subindo as escadas do metrô Afonso Pena para marcar a cirurgia que o tiraria da gente para sempre.
Senti que ele estava abatido mas sempre disfarçando. Fui visitá-lo e procurei manter o contato com ele até o fim.
Bernardo é daquelas pessoas de quem nunca conseguimos nos desligar. Ele ficará para sempre na memória daqueles que com ele conviveram.
Obrigada pela oportunidade de poder escrever sobre ele.
Denise Goulart
em 15/05/2011 |